Finalmente chegou o dia de estrearmos mais uma categoria de resenhas aqui no site. Senhoras e senhores, eu vos apresento o 50 Páginas.
Com um nome bastante sugestivo, o 50 Páginas nada mais é do que um espaço para trazer breves análises sobre os primeiros capítulos de um livro – algo que se aproxima bem mais das minhas primeiras impressões de uma obra do que eu conseguiria fazer em uma resenha.
A ideia com esses textos é criar um conteúdo sem muita profundidade sobre um determinado livro para falar do que estou achando até o momento e apresentar algumas considerações sobre sua narrativa, escrita, além das minhas expectativas.
Com isso, espero poder ajudar leitores a se decidirem se vão comprá-lo ou não, sem que corram o risco de tomar grandes spoilers ao tentar saber mais sobre a obra.
Melhor do que tentar explicar como será esse formato é fazer acontecer. Então, para inaugurar essa modalidade, hoje vamos falar de Resident Evil: A Conspiração Umbrella.
Eu já li esse livro há alguns anos e até mesmo escrevi uma resenha sobre ele. Entretanto, como já faz um bom tempo, acho válido revisitar minhas impressões, até porque já não lembrava de muita coisa da sua trama.
Bom, para começar acho relevante dizer que a obra é de escrita pela Stephani Danelle Perry – filha do também escritor Steve Perry – autora bastante conhecida, principalmente, no mundo do terror por ter feito diversos trabalhos para franquias famosas como Alien, The Walking Dead e Star Trek, além de livros para a DC Comics com títulos como Mulher-Maravilha.
Como era de se esperar, Resident Evil: A Conspiração Umbrella, escrito em 1998, foi totalmente inspirado no primeiro game da franquia de sucesso da Capcom que havia sido lançado dois anos antes, em março de 1996.
Obviamente o projeto literário veio para aproveitar todo o alvoroço causado pelos jogos, então é certo que sua narrativa estaria estreitamente associada aos acontecimentos da série nos videogames.
E é basicamente isso que tenho visto até agora mesmo. A história ainda não avançou muito, as primeiras cinquenta páginas (58 páginas lidas até o momento) contam apenas os acontecimentos da cutscene inicial do jogo, onde a equipe Alpha dos S.T.A.R.S parte em direção a floresta de Raccoon City, nas Montanhas Arklay, para resgatar o time “menos experiente” Bravo, enviado mais cedo para fazer o reconhecimento da região.
Para resumir, a narrativa do livro é justamente aquilo que eu esperava, mantendo-se fiel ao primeiro jogo em acontecimentos, ambientação, personalidade e descrição física dos personagens.
Entretanto, tem um ponto que me faz colocar a mão no fogo por esse livro e por todos os outros seis seguintes da série que devo ler em breve: o complemento que faz a história base do game.
Quem já jogou Resident Evil 1 sabe que essa introdução tem menos de 5 minutos, onde são apresentados os personagens e contextualizam sua ação no meio daquela floresta. No livro isso demora bem mais para acontecer, justamente porque há uma camada extra de profundidade para a narrativa dos protagonistas.
Antes de sermos apresentados à missão, entendemos qual foi a sequência de acontecimentos que fizeram com que a divisão de serviços especiais de táticas de resgate precisasse ser acionada.
Além disso, acompanhamos a visão de cada um dos personagens principais quando a escrita assume a primeira pessoa e passamos a ler os pensamentos de Jill Valentine, Chris Redfield, Barry Burton e Albert Wesker. Isso faz com que, diferente do jogo, suas motivações para fazerem parte da equipe sejam melhores exploradas.
Isso também permite que outras situações possam ser criadas, como a introdução de um personagem misterioso que só aparece no livro.
A grande questão para mim é: será que essas alterações são o bastante para fazer com que a leitura do livro valha a pena? Tenha você jogado o game ou não.
Até o momento, acredito que essas adições a trama são muito bem-vindas, além de uma ótima justificativa para fazer os fãs darem uma chance ao livro. Quanto a quem nunca teve contato com a história de Resident Evil, também me parece ser uma obra bem legal para começar a se engajar nesse universo.
Já a linguagem é tranquila de ser entendida e torna o fluxo da leitura bastante fluído. Os mistérios não chegam a prender o leitor em cada final de capítulo, mas esse ritmo é recompensado nos momentos de ação frenéticos e violentos, com boas descrições de carnificina – como uma boa história de zumbis deve ter.
Se você tem Resident Evil: A Conspiração Umbrella em sua lista de desejos, mas estava com receio em comprar e não curtir, na minha opinião, vale a pena dar uma chance à obra. É quase certo que você irá se divertir com a leitura, assim como eu.
Em breve vou trazer a resenha completa sobre o livro, então não deixe de assinar a nossa newsletter para receber em seu e-mail as próximas postagens.
Obrigado
Até breve!